quarta-feira, 14 de abril de 2010

fugir da tristeza com antidepressivos eis a solução???

Como mudar a cultura de comprar um produto estragado e não mover ação na defesa do consumidor porque não se tem tempo ou não quer se incomodar.
Como mudar a cultura de estar em uma situação em que um sem noção te tira o espaço, te desrespeita e tu vais embora para não te expor e ter problemas legais futuros.
Como aprender a viver de mascara nos fracassos: amorosos, familiares, esportivos, financeiros, morais e éticos.
Informo que a atual solução de pessoas consideradas capazes passa-se com: psicólogos, psiquiatras, antidepressivos (drogas licitas), drogas ilícitas, espiritualidades que dão ao direito da dúvida (como uma amiga minha que foi a cartomante –vidente – que previu no mês de março deste ano ela encontraria um grande amor; loiro, alto, que trabalhava na área da saúde. Cobrou 100 reais e o grande amor não apareceu), energia alternativas (pirâmides, ferraduras, incensos e etc..).
Observo que estas práticas não surtem resultado.
Sim no Cristianismo também não garante dinheiro, cura de doença, sucesso profissional e a certeza de um amor para toda a vida.
Acredito também que psicólogos e psiquiatras se fazem extremamente necessários em momentos críticos da vida de um cidadão que passou por um acidente de percurso (morte, divorcio e afins), assim como, seres humanos tidos como relativamente capazes e ou absolutamente incapazes.
Vivemos em uma sociedade em que SER FELIZ é obrigação. Competitivamente no mercado de trabalho o infeliz é tido como uma pessoa fraca. O fracasso não é aceito em nenhuma instancia ou esfera, logo, o cidadão ou sua família tomam medidas que ao meu ver não contribuem para a solução.
Gosto da dor, gosto da tristeza, amo a alegria, amo o sucesso. Amo o susexo também hehe.
Se não sentirmos a dor, o fracasso, a revolta, como se alegrar verdadeiramente sobre um fato ocorrido??? Como se alegrar ao atingir um objetivo??? Será mesmo que alguém acredita na relatividade de sentimentos de alegria de pessoa para pessoa???
Acredito que devemos valorizar e aprender com as dores e fracassos em pró da vida e não fugir deles.
Alegria é alegria e pronto. Absoluta assim.

6 comentários:

Daniella disse...

Gil, esse seu post foi simplesmente fantástico!!!!
Você tem toda razão em casa palavrinha que colocou aí... E realmente, o caminho de psiquiatras e anti-depressivos, só te leva a afundar mais, pois a função destes é te deixar "fora do ar", logo, o efeito do remédio pasando, vc vai recuperar a memória e trazer a tona o que te faz sofrer...
Nada como um dia após o outro para recuperarmos a nossa alegria de viver!!! E "com fé eu vou, pq a fé não costuma falhar..." hehehe
Beijos no coração

Álvaro disse...

Nos tempos atuais, teremos então a palavra desejo muito em voga, mas de onde viria tal desejo? Se o desejo vem para nos completar e, sempre que, pensamos ter alcançado ele, fica uma sensação de vazio, onde está o que nos complementa? Para a maioria dos seres humanos, quando do seu crescimento, passamos por um corte. Não entendemos inconscientemente que nosso objeto mais desejado, não poderia ser nosso. Que este objeto já pertencia a alguém que, mesmo sendo nosso pai, tivemos em algum momento ódio do mesmo por isso. Que nosso seio foi afastado e, agora, nossas pulsões se direcionam para a busca desse objeto inatingível. Então, o que nos move, o que nos faz viver, é a busca incessante deste desejo não completo. Os objetos que buscamos na vida irão servir para saciar esse desejo, mas a medida que vivemos, vamos nos tornando cheios por tantos objetos aglutinados em nossa psique e percebendo que não estamos felizes por completo.
A modernidade então, vai fazer colidir o desejo e a necessidade. Não há mais uma sociedade de trocas, como na época feudal, onde a necessidade era preponderante. Vivemos em um mundo capitalista, onde quem pode mais, chora menos como diz o senso comum. Porém, mesmo aqueles que podem mais, tem o desejo exacerbado, diria que, tem muito mais que os menos favorecidos, pois é um efeito dominó, quem tem mais, sempre quer mais. A modernidade deu fermento para a contemporaneidade. A circulação do desejo nos permite entender que a satisfação não está no concreto, que nos transcendemos e que, o desejo é o que nos move. E nos dói saber que, o mais bacana do desejo, não é chegar nele, mas o percurso que nos leva até o mesmo, pois quando chegamos, nos deparamos com a frustração de ainda querermos algo a mais e que, aquilo não nos completou, mas apenas nos encheu um pouquinho a mais.

Álvaro de Queiroz Casarin
Acadêmico de Psicologia

eduardo gil disse...

ja que tu escreve tb vou escrever!minha visao sobre o assunto é que temos que buscar a felicidade e concordo que remedios e anfetaminas nao vao curar nossos males mas temos que concordar que certas coisas como um cigarro, cerveja e ate mesmo um baseado podem ajudar desde que sejam utilizados de forma correta!!! acredito muito no poder de cura dos esportes da alimentaçao e da cultura.... resumindo todas as coisas podem nos fazer bem ou mal tudo depende da forma como nos comportamos diante delas, com essa dica espero que todos sejam felizes!

. fina flor . disse...

sou contra a industria que promove a alegria através dos remédios, mas algumas pessoas realmente precisam deles, infelizmente.

beijos e boa semana, querido

MM.

>>> felizmente não é o meu caso, aceito minhas dores e meus silêncios e assim sigo alegremente

Veronica Krause disse...

Ouso discordar de sua profecia. Desculpa-me, mas acredito sim, que possuímos a obrigação de sermos feliz.
Somos filhos de Deus, amados por Ele, e temos sim, que lutar pela nossa felicidade.
Sei que a felicidade não mora num frasco de comprimidos com drogas lícitas ou numa garrafa de Vodka (igualmente lícita), mas não me sinto capaz de julgar, quem, por algum motivo, que pode não ser uma tragédia aparente (morte, separação, tratamento de câncer etc) se utiliza destes subterfúgios para buscar superar as mazelas desta vida.
Na verdade, a obrigatoriedade de sucesso tanto profissional, como pessoal, amoroso ou financeiro, não é culpa da sociedade que nos exige isso, mas sim de nós mesmos que nos deixamos cobrar por pessoas que sequer fazem parte de nossas vidas.
Não temos a obrigação de sermos super modelos de pessoas, exemplos a serem seguidos. Devemos aceitar as nossas limitações e quando isso acontecer, não haverá tanta necessidade de nos socorrermos nestes subterfúgios.
Sem falar que as tristezas e as dores desta vida nos fazem sermos quem somos, assim como os meios que utilizamos para superá-las.

Luísa disse...

Gil não poderia deixar de escrever a minha opinião como amiga e psiquiatra. Acho que tudo tem seu espaço. Acredito e muito nos antidepressivos, estabilizadores de humor, antipsicóticos porque realmente vejo funcionarem nos meus pacientes. A própria Psiquiatria advoga o uso quando estamos na presença de transtornos mentais e não para tratarmos tristeza, tristeza não é sinônimo de depressão, é somente um dos sintomas, que deve estar presente na ausência de uma razão para tal. E acho que não existe verdade absoluta, vivemos num mundo onde a pluralidade existe e tem espaço para tudo e todos desde que existam princípios éticos.