Era terça-feira, mais precisamente 21 de julho de 2009, na casa de minha mãe, na cidade de Canela, quando às 9h da manhã ao tomar o café, me deparo com minha mãe saindo do banho, envolvida em uma toalha, e ao passar por mim, informa: - “encontrei um nódulo grande no seio, preciso ir ao médico!”.
Eu estava em férias,... digo que em treze anos de vida profissional, foi a primeira vez que senti a vontade de não viajar e sim, ficar com a mamãe e a vovó (a qual já avança a idade).
Naturalmente, no inicio de setembro do ano decorrente, muitos exames foram feitos, em especial a mamografia acusava após consulta a especialistas que era benigno, o tal nódulo, e que não precisava fazer nenhum tratamento. Não aceitei a informação e após discussões familiares foi realizada a biopsia por punção, dolorida,... o resultado veio dias após como sendo carcinoma ductal infiltrativo (que é comum, mas muito ruim), mas pior ainda era o grau que se encontrava, sendo ele o três.
Abalei-me e muito. Fiz pesquisas no Google, li teses de doutorado em medicina voltadas a este tipo de câncer, sendo que, diziam lá que o paciente tinha cinco anos de vida. MENTIRA. Mas na hora me abalei profundamente, não sabia que não era isso a verdade.
O maldito tinha 3,5cm, foi retirado em cirurgia. A boa surpresa: na biopsia realizados na hora dos linfonodos (o rosário) que condenaria mais partes do corpo. Este deu negativo, Graças a Deus. Dias de quimioterapia sucederam o que ouso chamar de evolução do homem, perda de cabelos, diarréia e unhas roxas e dolorosas foi café pequeno, o pior mesmo foi a perda de percepção notada no dia a dia em casa, na geladeira, ao abrir a porta, detalhes pequenos, mas que dói na alma no dia a dia. Pior que tudo isso foi a evolução de feridas (psicológicas) que haviam entre filho e mãe sendo curadas, com longas e doloridas brigas e divinos abraços.
Terminaram-se as químios, o cabelo voltou a nascer, iniciaram-se as radioterapias e a volta de percepção começou a ser percebida, as ultimas cinco sessões de radio, davam a impressão de alguém que se afoga no fundo do mar e nada com o intuito de chegar a superfície e começa a ver a luz.
Sim, sim e sim, sim muitas vezes, sim............. sofri muito mais que ela, adoeci junto, a ofendi no tratamento, provei minha pouca fé, pequei, mas não desisti. Deus em sua imensa misericórdia cuidou de mim. Uma amiga se aproximou de mim e me deu um suporte no início a Taís, sozinho eu não conseguiria, posteriormente, Deus em sua imensa misericórdia e infinito amor me mandou uma namorada a que chamo “minha Paz” essas pessoas e em muito especial a última foram até hoje os maiores presentes de Deus na minha vida. Quero muito o bem delas, sou grato a Deus e a elas. A primeira pela pessoa que é, e a segunda por me ajudar a ser quem eu sou.
Quanto a doença, os graus se dão na seguinte forma.
Grau 1 = células crescem de forma diferente e são percebidas no microscópio;
Grau 2 = células crescem de forma diferente e mais rápido que as demais e são percebidas no microscópio;
Grau 3 = células totalmente mutantes, crescem com elevada velocidade e são facilmente percebidas no microscópio.
Dica às mulheres: Como não há como verificar o câncer no seio: na mamografia (e digo não acreditem nos médicos e exames), no exame de sangue. Retirem todos os nódulos, digo todos, façam biopsia de todos, em especial mulheres novas ao qual o metabolismo é mais rápido o que acelera o crescimento das células cancerígenas.
Hoje para a Glória de Deus, felicidade de amigos e familiares, agradeço a oração de todos, em especial os não citados aqui, que são muitos, porque nesta data 12-03-2010 às 11h15min encerraram-se as radioterapias, e de agora em diante ela será monitorada e tomara um comprimido por dois anos, mas esta curada!!!
